Apesar de um conjunto de regras do Grammy ter indicado que estaria proibida a indicação de artistas que têm utilizado a Inteligência Artificial em seus trabalhos para o próximo ciclo de premiação de 2024, uma nova entrevista de Harvey Mason Jr., CEO da Academia de Gravação, apontou o contrário.
No mês passado, o documento revelava que apenas criadores humanos poderiam ser indicados e ganhar um prêmio Grammy. No entanto, Mason Jr. rechaçou a afirmação de que canções sem autoria humana não seriam elegíveis para a premiação.
Em entrevista à Associated Press, o executivo disse que há ressalvas diante da polêmica envolvendo as IAs e a relação dos artistas que vem sendo construída com a tecnologia (via Vice):
Se houver uma voz de IA cantando a música ou instrumentação de IA, vamos considerá-la. Mas em uma categoria baseada em composições, deve ter sido escrita majoritariamente por um humano. O mesmo vale para as categorias de performance – apenas um artista humano pode ser considerado para um Grammy. Aqui está a declaração mastigada para a manchete: IA, ou música que contenha elementos criados por IA, é absolutamente elegível para inscrição e consideração para indicação ao Grammy.
Justo? Vale lembrar que, no final de Abril, a gente te contou aqui sobre a crescente utilização da Inteligência Artificial no processo de composição de artistas.
Grammy discute a interferência da IA nas indicações do prêmio
Na sequência, Harvey destacou, de forma mais clara, que há de fato uma necessidade da contribuição humana ser superior à da IA no processo criativo:
Desde que o ser humano esteja contribuindo com uma quantia maior do que a IA, o que para nós quer dizer algo significativo, eles são e sempre serão considerados para uma indicação ou uma vitória. Não queremos ver a tecnologia substituir a criatividade humana. Queremos garantir que a tecnologia aprimore, embeleze ou acrescente à criatividade humana. É por isso que assumimos essa posição específica neste ciclo de premiação.
A nova regra do Grammy foi estabelecida após uma reunião com líderes da indústria, plataformas de streaming e empresários de tecnologia, envolvendo ainda o escritório de direitos autorais dos EUA. O que achou?
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