Reabilitação pós-AVC: os desafios da jornada rumo à recuperação

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70% das pessoas que sofreram com a doença não retornam ao mercado de trabalho

O acidente vascular cerebral (AVC), popularmente conhecido como derrame, é uma das principais causas de incapacidade no mundo. Segundo a Sociedade Brasileira de Doenças Cérebro-Vasculares, cerca de 70% das pessoas que sofreram com o problema não retornam ao mercado de trabalho.

Após sofrer com um derrame, o paciente, na maioria das vezes, precisa passar por tratamentos com uma equipe multidisciplinar (enfermeiros, fisioterapeutas, educador físico, fisiatras), que atuará nas necessidades de cada pessoa. A Prof.ª Dra. Matilde Sposito, médica fisiatra especialista em bloqueios neuroquímicos, comenta que antes de começar qualquer procedimento é necessário fazer uma avaliação do paciente.

“Sofrer um AVC é algo que ninguém espera. Por isso, tento manter o paciente o mais calmo possível. Cada caso é um caso, por isso, é preciso compreender o quadro e o tipo de derrame de cada pessoa. Aí, sim, podemos indicar a melhor forma de tratá-lo e fazer a sua reabilitação”, explica.

Explicando o AVC

O AVC ocorre através da alteração do fluxo de sangue no cérebro, o que o torna responsável pela morte das células nervosas da região cerebral atingida. A doença pode acontecer pela obstrução de vasos sanguíneos, o chamado acidente vascular isquêmico, ou de ruptura dos vasos, conhecido por acidente vascular hemorrágico. Os Acidentes vasculares isquêmicos representam 85% dos casos, principalmente à noite. 

Um estudo realizado pela Universidade de São Paulo (USP) mostrou um fato curioso. Variações bruscas de temperatura, indo do calor para o frio, tendem a aumentar os casos da doença, principalmente entre a população acima de 65 anos. Apesar da tendência de mais casos em temperaturas amenas, o derrame não é uma doença sazonal, ou seja, ocorre em todas as estações do ano. Porém, observa-se um aumento do índice de internações hospitalares por conta da doença no inverno.

Escolhendo o tratamento

“A reabilitação no pós-AVC envolve uma variedade de terapias e técnicas que visam ajudar os sobreviventes a recuperar as habilidades motoras, a independência funcional e a qualidade de vida perdidas devido ao derrame. Quanto mais cedo a reabilitação começar, maiores são as chances de uma recuperação bem-sucedida. Mas, claro, tudo depende do quadro do paciente”, comenta a médica fisiatra.

Um dos principais objetivos da reabilitação pós-AVC é ajudar os pacientes a recuperar o controle dos movimentos do braço e das pernas. Dependendo do dano cerebral, os sobreviventes de um derrame podem ter fraqueza muscular, paralisia ou perda de coordenação. A terapia física ajuda os pacientes a fortalecer os músculos, melhorar o equilíbrio e aprender a andar novamente, quando necessário. Por meio de exercícios e técnicas especializadas, o médico fisiatra trabalha em estreita colaboração com os pacientes para maximizar sua mobilidade e independência.

Dra. Matilde comenta que algumas preocupações podem surgir durante o tratamento, então familiares e pessoas próximas também precisam ficar atentos quando há algum sinal estranho. Um exemplo de sintoma que pode surgir após o AVC é a espasticidade.

“A espasticidade é o aumento involuntário da contração muscular, levando os músculos a se contraírem de maneira que perdem a capacidade de relaxar. O sintoma afeta os movimentos e as atividades mais básicas presentes no dia a dia, como tomar banho e se alimentar”, explica Matilde.

Além dos benefícios físicos e cognitivos, a reabilitação no pós-AVC desempenha um papel crucial na saúde mental e emocional dos pacientes. O AVC pode ter um impacto significativo na qualidade de vida, o que pode levar ao paciente o sentimento de frustração, depressão e isolamento social. O médico fisiatra, por exemplo, também auxilia nos aspectos emocionais, fornecendo apoio psicológico e ajudando os pacientes a lidar com as mudanças emocionais que podem surgir após o AVC.

“É importante ressaltar que a reabilitação pós-AVC é um processo contínuo e individualizado. Cada paciente terá necessidades e desafios únicos, e a equipe de reabilitação trabalhará em conjunto com o paciente e sua família para desenvolver um plano de tratamento personalizado. Além disso, o apoio familiar é fundamental para o sucesso da reabilitação”, completa Dra. Matilde.

Saiba mais sobre a Fisiatria

É a especialidade médica que estuda a funcionalidade do corpo e se dedica à prevenção, diagnóstico e tratamento de distúrbios relacionados às deficiências físicas. Promove a saúde por meio da prevenção da incapacidade motora, da avaliação e reabilitação de indivíduos incapacitados por dor, doença ou lesão e do tratamento por medidas físicas e procedimentos médicos.

Saiba mais em: www.dramatildesposito.com.br; nas redes sociais @dramatildesposito ou ligue para: (15) 3229-0202 ou WhatsApp (15) 98812-2958. O consultório da Prof.ª Dra. Matilde Sposito fica localizado na clínica Ápice Medicina Integrada, situada na Rua Eulália Silva, 214, no Jardim Faculdade, em Sorocaba/SP.

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