Entenda o que é psoríase, doença crônica que acomete Beyoncé

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Em entrevista publicada no domingo (18), Beyoncé revelou que sofre de psoríase, doença crônica que afeta a pele ou, como no caso da cantora, o couro cabeludo. Nesse estágio, a condição recebe o nome de psoríase capilar (couro cabeludo).

Em entrevista à revista Essence, Beyoncé afirmou que tem a doença desde pequena. “Tenho muitas lembranças ligadas ao meu cabelo. A relação que temos com nossos cabelos é uma jornada profundamente pessoal. Desde passar a infância no salão da minha mãe até meu pai aplicar óleo no couro cabeludo para tratar minha psoríase – esses momentos foram sagrados para mim”, refletiu a cantora.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), a psoríase é uma doença da pele relativamente comum, crônica e não contagiosa. Além disso, “é cíclica, ou seja, apresenta sintomas que desaparecem e reaparecem periodicamente”, diz o site oficial.

Ainda segundo a SBD, a doença atinge cerca de 3% da população mundial, isto é, 125 milhões de pessoas em todo o mundo. No Brasil, são 5 milhões de brasileiros afetados.

A CNN conversou com dermatologistas para entender mais detalhes sobre a psoríase. Confira!

Entenda o que é a psoríase, doença que acomete BeyoncéO que é a doença?

Segundo a dermatologista Michele Kreuz, a psoríase é uma condição crônica da pele que se caracteriza por placas avermelhadas e descamativas.

“Isso ocorre devido a uma produção aumentada de células da pele, resultando em um ciclo de renovação celular mais rápido. Essas placas podem surgir em várias partes do corpo, como cotovelos, joelhos, couro cabeludo e região lombar”, explica a especialista.

Além do impacto na aparência da pele, a psoríase pode causar desconforto físico, coceira intensa e dor, diz a médica. “Isso pode afetar significativamente a qualidade de vida e o bem-estar emocional dos pacientes. Em alguns casos, essa condição pode estar associada a outras, como a artrite psoriásica, que afeta as articulações.”

Como no caso de Beyoncé, a psoríase pode acometer apenas o couro cabeludo.

“A psoríase pode afetar o couro cabeludo, resultando em sintomas como descamação, coceira, vermelhidão e até mesmo perda de cabelo em algumas áreas afetadas. Essas manifestações podem tornar-se visíveis quando as escamas se acumulam no couro cabeludo, às vezes cobrindo os cabelos e podendo causar desconforto estético e emocional para quem sofre com essa condição”, diz a dermatologista Giovanna Kobal.

A psoríase é uma doença que atinge cerca de 5 milhões de brasileiros / FreepikQuais são as causas da psoríase?

A psoríase é uma condição complexa e as causas exatas não são completamente compreendidas, explica Giovanna Kobal.

“Sabe-se que há uma interação entre fatores genéticos, imunológicos e ambientais que contribuem para o desenvolvimento da doença. Fatores como histórico familiar, estresse, infecções, certos medicamentos e lesões na pele podem desencadear ou piorar os sintomas da psoríase. Além disso, acredita-se que um desequilíbrio no sistema imunológico desempenha um papel importante na sua manifestação”, diz Giovanna.

Erika Carneiro, também dermatologista, ressalta que o histórico familiar merece maior atenção para entender os casos de psoríase. “É importante, cerca de 30% dos pacientes têm familiar de primeiro grau com psoríase”, ressalta ela.

Como saber se eu tenho psoríase?

“Os sintomas comuns da psoríase incluem manchas vermelhas e descamativas na pele que podem gerar certo incômodo, como prurido em alguns pacientes. As lesões da psoríase podem ocorrer em qualquer parte do corpo, incluindo o couro cabeludo, cotovelos, joelhos, abdome, mãos, pés, região lombar e glútea. É também possível o acometimento das unhas e das articulações”, aponta Giovanna Kobal.

O diagnóstico exato de psoríase, no entanto, é feito pelo médico dermatologista através da anamnese, ou seja, o diálogo com o paciente e principalmente um exame físico. “Em alguns casos torna-se necessário realizar biópsia de pele para confirmação diagnostica”, diz a profissional.

Como tratar a psoríase?

Segundo Erika Carneiro, o tratamento deve ser individualizado para cada paciente – e a seriedade das lesões causadas pela doença.

“Em caso de pacientes com poucas lesões é indicado o uso de emolientes e corticoides tópicos. Fototerapia e imunossupressores são opções tratamento em pacientes que não respondem bem ao tratamento tópico ou com grande porcentagem da pele acometida. Em pacientes que apresentam lesões no couro cabeludo, é indicado o uso de shampoos com ativos antiproliferativos, corticoide, ceratolíticos e antifúngicos. Em casos mais resistentes, imunobiológicos podem ser utilizados”, ressalta a especialista.

Michele Kreuz também ressalta a importância de um tratamento multidisciplinar, com acompanhamento de psiquiatra, visto que a psoríase pode afetar a aparência e, consequentemente, a autoestima dos pacientes.

“Acompanhamento com reumatologista também é importante, pois é muito comum pacientes com psoríase desenvolverem artrite psoriática”, conclui a profissional.

 

 

 

 

Fonte: CNN

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