Com uma carreira dupla, na ciência e na música, o guitarrista de uma das maiores bandas de todos os temos, Brian May do Queen. O músico é uma referência quando há menção a grandes astros do rock’n’roll. Com seus cachos marcantes e inteligência aguçada, ele, ao longo de sua carreira, sempre se mostrou como um ponto fora da curva. A Antena 1 separou grandes momentos em sua história, além de destacar os grandes sucessos que compôs para a sua banda.

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Desde criança, May tinha interesse em dois assuntos: música e ciência. Seu intelecto era matemático, ordenado e também bastante criativo. Há relatos dele que costumava entreter seus pais escrevendo monólogos sobre as estrelas e tocando instrumentos como piano e violão. Colecionador, adquiriu brinquedos, gibis, caixas de fósforos e, em pouco tempo, uma câmera e um telescópio, este último construído em casa.
Ele sempre foi um inventor. Quando May começou sua adolescência, ele continuou a tocar guitarra, pegando uma emprestada aqui e ali. Porém seu talento estava se expandindo e, cada vez mais, ele estava se incomodando de não ter um instrumento próprio, porque era incapaz de pagar por um.
Na primavera de 1963, quando May tinha 15 anos, ele e seu pai decidiram construir seu próprio violão. Projetar e construir uma guitarra elétrica do zero não foi uma tarefa fácil, embora a formação em engenharia de seu pai, Harold May, e a mente matemática de Brian tenham ajudado no processo. O projeto durou 18 meses e com isso, surgiu uma das guitarras mais famosas da história do rock ‘n’ roll, a Red Special.

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Em 1964, May já estava se acostumando com sua nova guitarra e buscou seguir seu sonho de carreira, formando uma banda chamada ‘1984’ – nome tirado do romance de George Orwell. Seu principal parceiro era o vocalista e baixista Tim Staffell.
Naquele mesmo período, a família de Farrokh Bulsara, de 17 anos, resolveu se mudar de Zanzibar devido a violências no país por conta da revolução. Apelidado de Freddie, esse jovem era um pianista, aspirante a artista e músico. A família Bulsara se mudou para Londres para recomeçar a vida, aonde eles foram para uma pequena casa no bairro de Feltham, a apenas alguns metros de distância da de Brian May.

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Essa amizade histórica levou a formação de uma das maiores bandas já feitas, o Queen. A sugestão de um nome da nova banda, que consistia no Roger Taylor na bateria, John Deacon no baixo, Freddie nos vocais e May na guitarra, veio de Freddie.
A palavra ‘Queen’, foi tirada do mundo hippie centrado em Kensington Market, Londres, que incluía proeminentemente a cultura gay – onde o vocalista se encontrava. Naquele mesmo período, Freddie havia acabado de escrever uma música chamada “My Fairy King“, que incluía a frase “Oh Mother Mercury, o que você fez comigo?“. Assim, ele decidiu por uma outra mudança dramática: de nome artístico. Então foi assim que o mundo foi apresentado, a Freddie Mercury e a banda Queen.
A nova banda fez uma série de shows na área de Londres e garantiu algum tempo de estúdio para criar uma primeira demo. Em 1973, o sucesso moderado do primeiro álbum, intitulado “Queen”, que incluía as faixas “Keep Yourself Alive” e “Seven Seas of Rhye”, levou a uma turnê principalmente na Inglaterra nos últimos meses do ano.
Mas a banda não parou por aí. Ela foi fazendo sucesso e ficando tão grande, que May se viu tendo que abandonar os estudos da astronomia, por enquanto, para se dedicar ao rock ‘n’ roll. Em pouco tempo, os membros do Queen se tornaram superestrelas internacionais. Brian escreveu grandes sucessos para a banda, como “We Will Rock You”, “Fat Bottomed Girls” e “’39” que ajudou a agitar o mundo e aguçar a paixão de todos pela grande banda de rock.
Além disso, fez as canções “Hammer To Fall”, “Keep Yourself Alive”, “Flash”, “The Show Must Go On” e “Who Wants To Live Forever”, que todo fã do Queen aprecia e considera como grandes obras.
Atualmente, ele é o Dr. Brian May, tendo obtido seu PhD em astrofísica em 2007 pelo Imperial College London. Colaborou na equipe de sondas espaciais New Horizons da NASA no Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins e atua em muitos projetos científicos.
Sim, a superestrela do rock clássico consegue além de entreter estádios e arenas cheias de fãs, ser um estudioso de astrofísica. Mesmo enquanto trabalhava como artista musical, sua genialidade buscava encontrar em estudos alternativos, montando guitarras, explorando diferentes sonoridades no estúdio, e foi assim que ele se tornou um dos ídolos mais autênticos de todos os tempos.