Carnaval: as principais infecções sexualmente transmissíveis e como se proteger

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O Carnaval chegou e, com eles, os dias de festa, diversão, alegria, interações sociais e muita paquera e flerte. Alguns foliões aproveitam a festividade para consumir muita bebida alcoólica e, por vezes, ter várias parcerias sexuais, que podem ser marcadas ainda mais nessa época por descuido das medidas de proteção necessárias.

Na terça-feira (6), o Ministério da Saúde lançou a campanha nacional do Carnaval 2024 focada no uso de preservativo. Com o slogan “Carnaval, respeito e proteção #TemQueTer”, a ação busca conscientizar a população sobre a importância do uso da camisinha para prevenção das Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs).

Segundo o infectologista Marcelo Neubauer, o Carnaval é um grande momento para a propagação de ISTs. O profissional afirma que as infecções mais preocupantes durante esta época do ano são Sífilis, HIV, Hepatites Virais, Herpes genital e HPV.

“Como as ISTs possuem um período de incubação, que é o período que antecede o aparecimento de sintomas, de alguns dias a várias semanas, este aumento será notado provavelmente mais próximo ao meio para o final da quaresma”, explica Marcelo à CNN.

 

 

O uso de preservativos é o método mais indicado para prevenir cada uma das infecções. “Para a hepatite B e HPV ainda há vacinas altamente eficientes. Para o HIV pode ser feito profilaxia medicamentosa pós exposição, mas sempre com indicação médica”, aconselha o infectologista.

Marcelo Neubauer indica que, durante e após o Carnaval, há qualquer sinal de lesões ou corrimentos diferentes é necessário buscar um médico imediatamente.

As principais infecções sexualmente transmissíveis

Carolina Lázari, médica infectologista do Fleury Medicina e Saúde, explicou à CNN mais sobre as principais ISTs. Confira!

A doença é causada por uma bactéria chamada Treponema pallidum e pode se manifestar em diferentes partes do corpo, de uma a duas semanas após a transmissão. Pessoas sem sintomas, entretanto, podem transmitir sífilis, principalmente, no primeiro ano após a aquisição da infecção.

“A forma mais comum de contágio é a sexual, podendo ocorrer mesmo que não haja penetração ou ejaculação, visto que o contato entre mucosas pode ser suficiente para a transmissão. Sendo assim, eventualmente, a sífilis pode ser transmitida pelo beijo, se a pessoa infectada estiver com uma lesão ativa na boca, por exemplo”, explica Carolina.

O vírus é transmitido por meio do contato sexual e pelo sangue. “Objetos não perfurantes, como talheres e copos, ou mesmo o compartilhamento do vaso sanitário, não oferecem riscos. Pessoas que vivem com HIV e estão sob tratamento antirretroviral adequado, mantendo sua carga viral indetectável, não transmitem HIV por via sexual. Entretanto, aquelas que desconhecem seu diagnóstico, não estão em tratamento ou não atingiram a supressão do vírus, podem transmiti-lo por diferentes modalidades de relação sexual”, diz a médica.

O vírus da hepatite B é transmitido de forma mais frequente por relações sexuais desprotegidas e da mãe infectada para o filho durante a gestação, o parto ou a amamentação. Por isso, os cuidados incluem o uso de preservativo e a testagem das gestantes no início do pré-natal.

Na prevenção, o método indicado e mais eficaz é a vacina, disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) para todas as pessoas não vacinadas.

O HPV (vírus do papiloma humano) se manifesta, principalmente, nas mucosas (oral, genital ou anal) em homens e mulheres.

“A principal forma de transmissão é pela via sexual em suas diversas modalidades, inclusive através das mãos ou objetos eróticos contaminados. Os sinais mais comuns são as verrugas anogenitais, denominadas condilomas, ou lesões que se apresentam apenas na intimidade da mucosa, não sendo perceptíveis sem um exame clínico direcionado”, aponta a profissional.

É comum que nesses casos as pessoas não apresentem nenhum sintoma, mas ainda assim podem transmitir o vírus, indica Carolina.

“Existem exames laboratoriais que confirmam o diagnóstico, como os executados por PCR, que podem rastrear a presença do vírus nas mucosas, mesmo que não haja nenhum tipo de lesão. Este exame permite definir o genótipo do vírus envolvido, avaliando o risco de desenvolvimento das neoplasias associadas ao HPV, como o câncer de colo uterino e de canal anal”, ressalta.

“O uso do preservativo nas relações sexuais é uma importante forma de prevenção, mas não impede totalmente a transmissão pelo vírus, visto que é comum as lesões estarem em áreas não protegidas pelo preservativo, a exemplo da vulva e da bolsa escrotal.  Portanto, a vacina contra o HPV é a maneira mais eficaz para se proteger.”

Prevenção e orientação médica

Carolina Lázari explica que apesar das medidas de prevenção supracitadas, é fundamental a procura de orientação médica sobre o assunto se a folia será regada por relações sexuais, “a fim de receber as recomendações personalizadas que garantirão dias de folia seguros e felizes”, finaliza.

Marcelo Neubauer ainda indica passar periodicamente por um médico se você tem relações com diferentes parceiros frequentemente, a fim de entender os exames de rotina personalizados a serem realizados.

Fonte: CNN

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