Leonardo Sakamoto: Israel mostra decapitação na ONU para abafar 3 mil crianças mortas em Gaza

Nine

Isso é um indicador de que Israel está preocupado com as imagens de mortos e feridos que chegam da Faixa de Gaza. Segundo o serviço de saúde palestino, foram mais de 7 mil óbitos desde o início dos bombardeios e do cerco que impediu o fluxo normal de eletricidade, água, comida, combustível e remédios, causando uma crise humanitária.

Diante disso, o representante da Palestina, Riyad Mansour, pediu o fim dos ataques, lembrando que o número de crianças mortas em Gaza por Israel ultrapassou 3 mil nesta quinta. Claro que houve bate-boca.

Imagine se a tribuna do plenário das Nações Unidas se tornasse um cinema macabro em que israelenses e palestinos mostrassem vídeos com os piores assassinatos cometidos pelo Hamas ou pelo Exército de Israel. Mas é isso o que acontece nas redes sociais.

A diferença é que, logo após o dia 7 de outubro, as tristes imagens vinham mais de Israel. Agora, com o avanço da retaliação, imagens terríveis vêm surgindo de Gaza diariamente – lembrando que o território, vítima de um cerco há 17 anos, já produzia fortes imagens diariamente.,

A dor pela perda de um ente querido não poder ser mensurada, nem comparada. Mas o desequilíbrio em um conflito, sim. E a taxa de 5 mortos em Gaza para cada uma em Israel, antes mesmo da invasão terrestre pelas tropas de Tel Aviv, mostra que o abominável terror vem sendo respondido com uma abominável punição coletiva.

Um dos mais conhecidos políticos palestinos, o médico Mustafa Barghouti, secretário-geral do partido político Iniciativa Nacional Palestina, que não é simpático ao Hamas, menos ainda ao primeiro-ministro Netanyahu, me disse, dias atrás, que, logo após o ataque de 7 de outubro, o mundo estava em choque com a morte dos civis israelenses. E que o governo de Tel Aviv estava abusando disso para justificar um massacre sem precedentes.

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