António Guterres, secretário-geral da ONU
No começo do ano, a Petrobras foi impedida pelo Ibama a perfurar um poço de petróleo no litoral do Amapá, no que seria já considerado como a Bacia da Foz do Amazonas. A decisão abriu uma crise dentro do governo e levou a empresa a apresentar um novo pedido, com o apoio do Ministério de Minas e Energia.
Na ONU, a insistência é para que governos assumam que não haverá resposta à crise climática sem que haja uma transformação da matriz energética.
“Pela primeira vez, o resultado da COP28 reconhece a necessidade de fazer a transição para longe dos combustíveis fósseis, depois de muitos anos em que a discussão sobre esse assunto foi bloqueada”, comemorou Guterres.
Pela primeira vez em três décadas, governos concordaram em citar na declaração final da Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas a necessidade de que o mundo se dirija a uma “transição para o fim dos combustíveis fósseis”.
“A ciência nos diz que limitar o aquecimento global a 1,5 grau será impossível sem a eliminação gradual de todos os combustíveis fósseis em um prazo compatível com esse limite. Isso foi reconhecido por uma coalizão crescente e diversificada de países”, disse Guterres.