O Instituto Butantan deu um passo significativo na luta contra a dengue ao solicitar à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) o registro da primeira vacina contra a doença em dose única do mundo.
Em entrevista exclusiva ao Agora CNN deste sábado (21), o diretor do Instituto Butantan, Gustavo Mendes, compartilhou detalhes sobre as expectativas em torno deste avanço médico.
Mendes enfatizou o caráter público da iniciativa: “O Instituto Butantan é uma instituição pública e a gente desenvolveu essa vacina pensando majoritariamente na utilização pelo serviço público”. Esta declaração reforça o compromisso do instituto com a saúde pública brasileira.
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O diretor esclareceu que, após a aprovação da Anvisa, ainda há etapas a serem cumpridas antes que a vacina chegue aos postos de saúde.
“Precisa ser incorporado pelo Programa Nacional de Imunização. Precisa ser avaliado quanto aos custos”, explicou Mendes, destacando a importância da análise econômica no processo.
A expectativa é que a vacina seja mais acessível devido à sua característica de dose única. Mendes argumentou: “A gente espera que por ser dose única, seja uma vacina mais barata, mais acessível”.
Esta característica é crucial para a implementação de uma estratégia de vacinação em larga escala, necessária para combater efetivamente a dengue.
Impacto na saúde pública
O Instituto Butantan tem como objetivo principal a distribuição da vacina através do Sistema Único de Saúde (SUS). “A gente sabe que para enfrentar a dengue a gente precisa de uma vacinação em larga escala. Quanto mais pessoas utilizarem a vacina, mais a gente consegue impedir a circulação desse vírus”, afirmou Mendes.
Esta abordagem visa não apenas proteger indivíduos, mas também reduzir significativamente a circulação do vírus na população, contribuindo para o controle efetivo da doença em todo o país.
A estratégia de “ampla vacinação por meio do SUS” é vista como fundamental para alcançar este objetivo de saúde pública.
Fonte: CNN