O HPV (papilomavírus humano) infecta cerca de 700 mil pessoas por ano, segundo estimativa do Ministério da Saúde. A infecção pelo vírus não costuma causar sintomas na maioria das pessoas, dificultando sua identificação e aumentando o alerta para as doenças que podem ser causadas por ele, como o câncer. Por isso, o tema será debatido no próximo episódio do “CNN Sinais Vitais – Dr. Kalil Entrevista“, que irá ao ar no sábado (6).
No programa desta semana, o dr. Roberto Kalil recebe as médicas Marianne Pinotti, ginecologista e mastologista, e Mirian Dal Ben, infectologista do Hospital Sírio-Libanês, para explicar tudo sobre o HPV, seus efeitos, transmissão, sintomas e tratamento.
Existem mais de 200 tipos de HPV, mas apenas alguns deles preocupam especialistas por poderem causar consequências graves e que poderiam facilmente ser evitadas. O principal e mais conhecido efeito do vírus é o câncer, que pode surgir, muitas vezes, anos depois de a pessoa contrair o vírus.
“O HPV é o vírus que mais causa câncer no mundo”, explica Pinotti. Segundo a especialista, o mais comum é o câncer de colo de útero. “A história natural do vírus do HPV é a menina pegar esse vírus quando ela começa a vida sexual dela, que hoje está ali entre 12, 14, 15 anos, e ela vai desenvolvendo as lesões precursoras, não tratando, não fazendo papanicolau, e aí ela vai morrer tragicamente com 30 anos. É uma doença de mulheres jovens”, completa.
O câncer de colo de útero é o segundo mais incidente em mulheres, com mais de 850 mil novos casos por ano, no mundo, segundo o INCA (Instituto Nacional do Câncer). “No Brasil, são 17 mil casos de por ano, e mais de 7 mil mortes”.
Porém, o HPV pode causar também outros tipos de câncer, como o câncer de ânus, câncer de pênis e câncer de orofaringe – este último mais comuns em homens. Segundo Pinotti, de cada dez casos de câncer de garganta causados por HPV, sete são em homens.
A principal prevenção é a vacina
O novo episódio do “CNN Sinais Vitais – Dr. Kalil Entrevista” também abordará a importância da vacinação. De acordo com a infectologista Mirian Dal Ben, a vacina é fundamental para prevenir o HPV. “Acho que a principal prevenção que a gente tem que falar aqui é a vacina”, diz ela.
A vacina está disponível no SUS há 10 anos, mas nesta semana o Ministério da Saúde anunciou que ela agora será dada em dose única, e não mais em duas doses, o que pode ajudar a aumentar a cobertura vacinal. Hoje, o SUS contempla meninos e meninas de 9 a 14 anos, pessoas de 09 a 45 anos imunossuprimidas, com HIV ou transplantados, além de vítimas de abuso sexual.
Diante desse cenário, as médicas reforçam: quanto mais cedo se vacina, maior é a proteção. Por isso, a imunização é fundamental.
O “CNN Sinais Vitais – Dr. Kalil Entrevista” vai ao ar no sábado, 06 de abril, às 19h30, na CNN Brasil.
Fonte: CNN