Dez mil nas ruas de São Paulo em solidariedade à causa palestina

Nine

“A Palestina é invencível”, discursou Ualid Rabah, presidente da Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal). Ele lembrou que o morticínio conta até agora com cerca de 5.000 crianças e 3.000 mulheres palestinas assassinadas ou desaparecidas debaixo dos escombros. “Isso quer dizer que há um programa claro de genocídio. Há a tentativa de esterilização em massa da sociedade palestina, além do seu colapsamento econômico, social, político, democrático por matança”, afirmou. 

“Quem mata ventres e quem nasceu anteontem dos ventres evidentemente quer promover o extermínio em médio e longo prazo”, declarou Rabah.

Para Rabah, o sionismo preconizou o nazismo com outro nome muito antes do advento de Adolf Hitler, mas tal modelo não triunfou no nazismo, no apartheid sul-africano, nas bombas atômicas lançadas pelos Estados Unidos e no colonialismo europeu. “Eles querem agora que o modelo de assentamento colonial e substituição de população originária baseado no genocídio prospere na Palestina. Se esse modelo triunfar, onde ele vai ser aplicado?”, indagou. 

“Nossa tarefa civilizatória não é apenas libertar a Palestina, é libertar o mundo do sionismo, do colonialismo, do regime de apartheid. O povo palestino vai honrar vocês que estão aqui, porque o povo palestino é invencível, e vocês são invencíveis”, disse.

Falando pelo Movimento Negro Unificado, Regina Santos traçou paralelo entre o genocídio palestino e a situação afrodescendentes do Brasil: “a falta de condição de vida do povo palestino é o mesma do povo negro no Brasil. É mais que necessário que o povo brasileiro vá à luta e diga não ao genocídio higienista colonialista do Estado terrorista de Israel e à violência do Estado brasileiro”.

Maria Fernanda Marcelino, integrante da executiva da Marcha Mundial das Mulheres, pediu o fim da guerra: “toda guerra é patriarcal. Toda guerra é contra a humanidade e a favor do dinheiro e do poder sobre os territórios dos povos. Hoje é na Palestina. Aqui no Brasil é nas periferias. As armas que são usadas na Palestina são usadas aqui para matar a juventude deste país”. 

Ela completou: “nós, do movimento feminista, somos totalmente contra as guerras, mas pelo direito de autodefesa dos povos, pelo direito de existir de toda a população. Estamos na defesa da Palestina, das mulheres, das crianças e também da juventude pobre, que é usada de bucha de canhão em todas as guerras. Também estamos aqui na defesa do povo negro, indígena, contra qualquer tipo de massacre que a população pobre sofre”.

O padre Júlio Lancellotti protestou contra o Estado de Israel: “chega de tanta covardia. Israel, além de ser um Estado assassino, é um Estado covarde, que diz que exerce o direito de defesa. Direito de defesa não é matar, não é ser covarde como estão sendo. Graças a Deus nem todos os judeus e israelitas comungam com esse governo assassino”. 

Sua crítica se estendeu à realidade brasileira: “eu me sinto aqui palestino e desafio os covardes que defendem as armas, os parlamentares e brasileiros sionistas e covardes. Nos atinjam, nós estamos aqui prontos para lutar, para viver e para morrer”.  

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