Fato triste, mas verdadeiro: casamentos de celebridades nem sempre dão certo, no entanto, Nicole Kidman e Keith Urban pareciam um dos raros casais de Hollywood que conseguiram fazer o amor durar, visto que passaram mais de 19 anos juntos. Apesar disso, o relacionamento chegou ao fim — e debates sobre como a carreira impactou isso têm movimentado as redes sociais.
Ambos criados na Austrália, Kidman e Urban se conheceram em 2005 em um evento em Los Angeles, e se casaram em Sydney no ano seguinte.

O casamento foi o primeiro de Urban e o segundo de Kidman que, anteriormente, havia formado um par com Tom Cruise, de 1990 a 2001. Kidman também tem dois filhos mais velhos com Cruise.
Desde então, eles enfrentaram internações em clínicas de reabilitação, rumores de traição, indicações ao Oscar (para ela), indicações ao Grammy (para ele) e inúmeras mudanças de carreira, e também tiveram duas filhas.
Após muitos anos de casados, o TMZ divulgou, em primeira mão, a notícia de que Nicole e Keith se separaram após 19 anos de casamento. De acordo com diversas fontes, os dois já estariam vivendo separados “desde o início do verão” e Nicole teria “mantido a família unida neste momento difícil desde que Keith se foi”.
Sites norte-americanos alegam que Nicole supostamente não queria a separação. Uma fonte acrescentou: “Keith adquiriu sua própria residência em Nashville e se mudou da casa da família”.
Trabalho afetou o relacionamento
O caso das celebridades não é único, e um casamento de 19 anos dificilmente termina por apenas um motivo. Segundo fonte da revista People, o trabalho intenso da atriz pode ter sido a causa do fim do casamento. Um insider disse que Kidman “realmente prosperou trabalhando novamente. Ela está se sentindo incrível e feliz por ter uma carreira novamente”.
E segue: “Keith estava acostumado com o apoio dela em sua carreira. Ele não tem sido tão solidário quanto ela esperava.”
A psicóloga e terapeuta de casais Ana Paula Nascimento explica que ainda existe um resquício cultural de papéis de gênero tradicionais, que colocavam o homem como provedor e a mulher como cuidadora. “Quando a mulher cresce profissionalmente, isso mexe com a estrutura ‘antiga’ que ainda habita o imaginário de muitos casais.”
“A sociedade construiu a ideia de que o brilho masculino reforça a identidade do casal, enquanto o brilho feminino, muitas vezes, é lido como competição. Isso revela um machismo estrutural que ainda atravessa nossas relações”, comenta.
Ana Paula ainda acrescenta que, em casos assim, a insegurança pode virar ciúme, cobranças, críticas veladas ou afastamento, gerando desgaste emocional. “Casais que não conversam sobre isso tendem a transformar a conquista em conflito, em vez de celebração. A insegurança não destrói apenas o relacionamento, ela destrói também a admiração que sustenta o vínculo.”
Como lidar com isso?
Para a profissional, a chave para situações assim é ter uma conversa sem culpabilizar, como: “eu sinto” em vez de “você nunca” e definir prioridades juntos: tempo de qualidade é acordado, não adivinhado.
A especialista também dá uma recomendação importante para qualquer casal: celebrar pequenas vitórias. Quando um cresce, o outro também ganha.
“É possível transformar o sucesso individual em um projeto coletivo. Em vez de perguntar ‘quem perde com isso?’, a pergunta deve ser ‘como crescemos juntos a partir disso? Um casal forte não compete dentro de casa; ele soma forças para brilhar no mundo’”, acrescenta.
Fonte original: Metropoles.com