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Quais são os efeitos da diabetes no cérebro? Um estudo que investigou o assunto descobriu que a redução de processos cognitivos de pessoas com diabetes tipo 1 pode estar relacionada com as variações do nível de glicose no sangue.
A descoberta foi feita graças aos avanços tecnológicos que permitiram melhores acompanhamentos dos níveis de glicose.
Relação entre função cognitiva e glicose
- Utilizando sensores digitais de glicose e testes cognitivos baseados em smartphones, os pesquisadores descobriram como a diabetes afeta o cérebro.
- Pesquisas anteriores já indicavam uma relação entre perda cognitiva e níveis de glicose. Com as novas tecnologias, foi possível monitorar os níveis de glicose com mais precisão e entender melhor essa relação.
- Os pesquisadores descobriram que o processamento da função cognitiva era mais lento quando os níveis de glicose estavam mais altos ou mais baixos do que o normal.
- A hipótese é que a velocidade de processamento seja afetada por variações repentinas, enquanto a capacidade de foco por variações prolongadas.
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O impacto é maior em pessoas mais velhas
Os dados coletados de mais de 200 pacientes diagnosticados com diabetes tipo 1 também mostraram que os impactos das variações da glicose são maiores em indivíduos mais velhos e com condições de saúde relacionadas à doença.
Laura Germine, co-autora do artigo, destaca para o Medical Xpress que controlar os níveis de glicose pode ajudar a diminuir os impactos nessas pessoas:
Minimizar as flutuações da glicose na vida diária é importante para otimizar a velocidade de processamento cognitivo, e isso é especialmente verdadeiro para pessoas mais velhas ou que têm outros problemas de saúde.
Laura Germine para o Medical Xpress
Uma descoberta surpreendente
O ligeiro aumento da glicose no sangue melhorou o desempenho cognitivo de alguns pacientes. Essa foi uma descoberta surpreendente para os cientistas, mesmo que o rendimento não tenha se mantido conforme os níveis aumentavam. Agora, eles querem investigar a questão a fundo, usando sistemas automatizados de gerenciamento de diabetes.
A pesquisa foi conduzida pelo McLean Hospital e a Washington State University, foi publicada na npj Digital Medicine.
Fonte original: OlharDigital