Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 23% dos brasileiros adultos são sedentários
O Dia Mundial de Combate ao Sedentarismo é celebrado no dia 10 de março e visa reforçar a importância de praticar atividade física, ou mesmo interromper a repetição de movimentos durante o trabalho. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), cerca de 23% dos brasileiros são sedentários, o que pode ocasionar em Lesões por Esforços Repetitivos (LER) e nos Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT).
Sabendo do aumento de casos de LER/DORT e do não preparo dos colaboradores, as empresas podem tomar algumas medidas para reverter o quadro de sedentarismo, como o incentivo à ginástica laboral, alongamentos, inclusão de pausas para levantar da cadeira, caminhar, mudar a frequência de movimentos.
A orientação do Neto Moreno – médico do trabalho e especialista em exercício e esporte, diretor da Trabt Medicina e Segurança do Trabalho – é que as empresas recomendem pausas para movimentar o corpo. “É importante ter um tempo para pausas curtas ao longo da jornada de trabalho para movimentar o corpo e evitar o esgotamento mental. Uma opção para as empresas é incluir a ginastica laboral de curta duração (10/15 minutos), que bonifica a saúde do colaborador, além de reduzir a sensação de fadiga e esgotamento no final da jornada”.
Para reverter o quadro de sedentarismo, o médico do trabalho recomenda palestras que reforcem a necessidade da atividade física. “As empresas podem promover palestras explicando sobre a necessidade e importância da atividade física diária com uma intensidade maior, para complementar a ginástica laboral. Não seria apenas para melhorar o desempenho profissional, mas sim como prevenção e tratamento de diversas doenças físicas e mentais que estão cada vez mais presente na nossa realidade”.
A LER/DORT está se tornando comum em grandes empresas e, para controlar os casos, algumas ações são recomendadas. “Sempre adequar o posto de trabalho de acordo com as características físicas e com atividade do funcionário, não permitir que o colaborador realize força nem pressão exageradas, repetitivas ou frequentes e, se necessário, em atividades que exijam mais esforços, ter um fisioterapeuta realizando sessões preventivas esporádicas na empresa”, recomenda o médico especialista.