CNN Sinais Vitais fala sobre doenças autoimunes

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O CNN Sinais Vitais desta semana vai abordar as doenças autoimunes — quando o sistema imunológico passa a produzir anticorpos contra componentes do nosso próprio organismo e o corpo começa a confundir suas próprias proteínas com agentes invasores, as atacando.

“Não há uma causa específica, a gente acredita que haja uma predisposição genética, associada a vários fatores que funcionariam como gatilho para o desencadear dessas doenças ou mesmo para o agravamento delas, como, por exemplo, a exposição solar, o tabagismo, o estresse e as infecções”, explica Nafice Costa Araújo, presidente da Sociedade Paulista de Reumatologia.

Há cerca de uma centena de doenças autoimunes, que afetam até 8% da população mundial. Elas não têm cura, mas podem ser tratadas e controladas evitando-se sequelas e complicações. E é sobre isso que o Dr. Roberto Kalil vai falar no CNN Sinais Vitais desta semana.

Entre as doenças abordadas no programa está a artrite reumatoide, a mais predominante na reumatologia, atingindo 1% da população brasileira; o lúpus eritematoso sistêmico que possui uma prevalência entre 100 e 150 mil pessoas no país e a psoríase, acometendo em torno de 5% dos brasileiros.

“A artrite reumatoide é uma doença inflamatória crônica que afeta muitas articulações, incluindo as das mãos e dos pés”, explica Ricardo Xavier, presidente da Sociedade Brasileira de Reumatologia.

Em casos graves, ataca os órgãos internos. Afeta o revestimento das articulações, causando inchaços doloridos. Com o passar do tempo, a inflamação causada pela artrite reumatoide pode levar à erosão do osso e deformidade da articulação. Embora não exista cura, fisioterapia e medicamentos podem ajudar a retardar a progressão da doença.

Não há causa específica para as doenças autoimunes, mas a predisposição genética geralmente vem associada a vários fatores que funcionariam como gatilho para desencadear as doenças./ Reprodução/ CNN Brasil

“Nos últimos 25 anos houve um avanço no conhecimento da doença, de como essas células imunológicas provocam essa inflamação sem nenhum sentido porque estão desreguladas e como isso começou a possibilidade de desenvolver medicamentos que bloqueiam esse processo inflamatório e diminuem a inflamação e controlam o desenvolvimento desse dano e dor que o paciente tem”, explica Xavier.

“O que nos falta ainda é identificar qual desses remédios é ideal para cada paciente, que chama medicina personalizada, essa é a próxima fronteira que temos para poder usar para um determinado paciente o melhor tratamento para ele. Hoje é muito tentativa e erro, eu escolho um tratamento e vejo se ele responde, se melhora ou não, passo para uma segunda opção, uma terceira opção”, acrescenta ele.

Já o lúpus é uma doença inflamatória crônica que pode afetar articulações, pele, rins, células sanguíneas, cérebro, coração e pulmões.

“Os sintomas variam, mas podem incluir fadiga, dores nas articulações, manchas na pele e febre”, diz Nafice Costa, presidente da Sociedade Paulista de Reumatologia. Embora não haja cura para o lúpus, os tratamentos atuais procuram melhorar a qualidade de vida pelo controle dos sintomas e pela diminuição das crises.

“Isso começa com modificações no estilo de vida, incluindo dieta e proteção contra o sol. Outras medidas de controle da doença incluem medicamentos, como anti-inflamatórios e esteroides”, explica ela.

Há cerca de uma centena de doenças autoimunes, que afetam até 8% da população mundial./ Reprodução/ CNN Brasil

A psoríase é uma doença na qual as células da pele se acumulam e formam escamas e manchas secas que causam coceira. Os gatilhos incluem infecções, estresse e frio.

O sintoma mais comum é uma irritação na pele, mas também podem ocorrer erupções das unhas ou as articulações. O tratamento visa remover as escamas e impedir que as células da pele cresçam tão rapidamente. Pomadas, terapia de luz e medicamentos podem oferecer alívio.

“Ela não tem uma causa específica, é uma doença que a gente classifica como multifatorial, ou seja, diferentes fatores podem levar ao surgimento dela, como um fator genético, às vezes o indivíduo tem alguma pessoa na família que já é portadora de psoríase e em cima disso geralmente tem o fator desencadeante, ou seja, é a faísca no barril de pólvora que vai aparecer na fase da vida, um surgimento das placas de psoríase”, explica Ricardo Romiti, coordenador do Ambulatório de Psoríase do Hospital das Clínicas.

O CNN Sinais Vitais, com Dr. Roberto Kalil, vai ao ar no sábado, 13 de janeiro, às 22h45, na CNN Brasil.

*Publicado por Fernanda Pinotti

Fonte: CNN

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