Bar do Cofre: endereço inusitado para happy hour no Centro de São Paulo

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Construído entre as décadas de 1930 e 1940, com projeto do arquiteto Plínio Botelho do Amaral e clara inspiração no Empire State Building de Nova York, o Edifício Altino Arantes é um dos cartões postais mais conhecidos do Centro de São Paulo, com seu perfil marcado pela bandeira do estado no topo.  

Rebatizado de Farol Santander pelo banco que o adquiriu, desde 2018 o prédio abriga um centro de cultura, turismo, lazer e gastronomia dos mais animados, com atrações que podem ocupar horas do visitante (veja no bônus). Uma delas, e talvez a mais surpreendente, é o bar instalado no subsolo, onde funcionava a sala do cofre do extinto Banco do Estado de São Paulo (Banespa), que ocupou antes o edifício. 

O estabelecimento foi batizado de Bar do Cofre SubAstor. A ambientação é promessa de um programa no mínimo inusitado. Como parte do espaço é tombado, muito do projeto original se manteve. 

Descendo pela escada ou pelo elevador, o cliente se depara com uma porta gradeada que antecede o salão principal. Duas outras portas bem pesadas (cada uma delas tem 16 toneladas de aço reforçado e concreto) dividem os ambientes. 

Uma das salas que mais chama atenção é a que tem paredes forradas de gavetas que recebiam os valores dos correntistas do Banespa – são 1995 compartimentos no total. Sem dúvida é um cenário que convida à visitação. A seguir, veja mais motivos para ir ao Bar do Cofre SubAstor

Bar do Cofre SubAstor

Rua João Brícola, 24 – Centro – (11) 5555-0578 – Instagram: @subastor

O espaço é uma extensão do premiado bar de drinques SubAstor, da Vila Madalena, e um dos estabelecimentos do grupo Cia Tradicional de Comércio (também dono de outras casas de sucesso, como Astor, Pirajá, Bráz e Lanchonete da Cidade).

A parte etílica é comandada pelo bartender Alex Sepulchro e por Fabio La Pietra. Uma das estrelas da carta de drinques, e queridinho da clientela, é o incrível bijoux caju.  Servido em um copo de cerâmica com formato da fruta, traz uma mistura de gim, vermute branco, lúpulo, limão-taiti, licor falernum e mocoró (fermentado de caju tradicional nordestino).

Boa companhia para os tragos, o mandiopã temperado com zátar chega rapidinho para enganar a fome. Vale apostar também no croquete de pupunha, feito com palmito fresco, queijo Serra da Canastra e limão-siciliano. 

Para fomes maiores, entra em cena a berinjela assada na brasa, servida com coalhada, romã e ervas frescas. Quem preferir um “sanduba” pode eleger o sub burguer, com hambúrguer e cheddar inglês no pão brioche acompanhado de batata frita. 

sala abriga 1 994 gavetas de pertences
Um dos ambientes possui 1.994 gavetas espalhadas pelas paredes (Carol Gherardi/Divulgação)

Bônus 

Farol Santander

Rua João Brícola, 24 – Centro – Site

Situado bem perto da estação São Bento do metrô, o prédio de 35 andares do Farol Santander conquistou um lugar de destaque na cidade como um centro dedicado à cultura, lazer e gastronomia, oferecendo uma programação rica e variada. 

Para evitar atropelos ou dar a viagem perdida, o ideal é comprar os ingressos pelo site (embora no saguão do prédio também exista um guichê de vendas). Para se programar, veja o que poderá encontrar por lá. 

Exposições permanentes 

Espaço e Memória – Distribuída entre o segundo, terceiro e quinto andar, essa exposição permanente aborda a história da cidade, do icônico Edifício Altino Arantes e de como era um banco na primeira metade do século passado, incluindo a exposição de mobiliário da época, como os móveis de luxo encomendados ao Liceu de Artes e Ofícios, após a Segunda Guerra Mundial, para a sala de presidência do Banespa. 

Vista 360º do 4 por Vik Muniz – No quarto andar, o artista plástico conhecido por trabalhar com materiais reciclados recriou a vista panorâmica do entorno do Farol Santander em grandes painéis. Usou, para isso, detritos da própria obra de reforma do prédio. 

Exposições temporárias 

Cinco andares Farol (19, 20, 22, 23 e 24) são dedicados a exposições temporárias de artistas nacionais e internacionais, que buscam abarcar um público variado. Há ainda mostras imersivas e voltadas ao público infantil. Confira a programação atual:

O mergulho – A instalação imersiva da artista carioca Renata Adler está no 19º andar. Sua proposta é transportar os visitantes para uma floresta, composta por móbiles de madeira e aquários, para que vivenciem aspectos da fauna e flora brasileiras. Até 3 de março de 2024. 

Di Cavalcanti – 125 anos – Obras raras do artista, pertencentes a coleções particulares, foram reunidas na exposição do 22º andar em comemoração aos 125 anos de seu nascimento. Elas apresentam um percurso de produção de Di Cavalcanti que vai de 1920 a 1970 e retrata o povo brasileiro, com suas mulheres, festas, sambas e carnavais. Até 7 de janeiro de 2024. 

Rosas Brasileiras – Com curadoria de Giancarlo Latorraca e Paulo von Poser, a mostra aborda a flor rosa e sua representação nas mais variadas esferas da criação humana, no campo das artes, da produção industrial e nas manifestações populares. Reúne 131 obras de arte e mais de mil objetos diversos inspirados na flor, como almofadas, calendários, capas de disco, louças, imagens sacras, peças de roupa, entre outros. Ocupa o 23º e o 24º andar até 18 de fevereiro de 2024. 

Outras opções gastronômicas 

Café do 26 por Mag Café

O espaço tem cardápio desenvolvido pelo chef Mário Azevedo. Na carta de bebidas, o cappuccino é um dos destaques, em duas versões: com borda de doce de leite e paçoca ou com borda de chocolate. Também é servido vinho em taça, com opções de tinto e branco. O lanche pode ser complementado por empanadas (versões de carne, frango ou vegana). Se a intenção é algo doce para fazer dobradinha com o café expresso, há duas versões de brownie, a de chocolate e a vegana. 

Vale lembrar que para ir até o café é preciso pagar ingresso, pois ele fica no espaço do Mirante do Farol Santander, de onde se tem uma vista deslumbrante de alguns dos pontos turísticos mais significativos da cidade, como o Vale do Anhangabaú, o Edifício Martinelli, a Catedral da Sé e a Avenida Paulista.

Boteco do 28 

Restaurante com cardápio inspirado na culinária da Paulistânia (região percorrida pelos bandeirantes paulistas e que hoje abarca os estados de Minas Gerais, Mato Grosso, Goiás, Paraná e São Paulo) e assinado pelo chef Deivid Marques. Entre os petiscos, tem bolinhos de costela cozida lentamente com mandioca e finalizados com queijo tulha. O baião de boteco reúne arroz, mix de feijões, paio, calabresa, bacon, redução de nata com queijo de coalho, farofa de bacon, coentro e mandioca frita em cubos. A unidade fica no 28° andar do Banespão e não é preciso adquirir ingresso do centro cultural para frequentá-lo.

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