TOP 8: o melhor do Parque Nacional da Peneda-Gerês

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Os espigueiros de Soajo: paisagem inesperada (Bruno Barata/Reprodução)

1) Uma paisagem que parece de outro mundo: os espigueiros do Soajo

Esta vila de cerca de mil habitantes ficou famosa por ter um dos conjuntos mais bem preservados de antigos espigueiros (estruturas em pedra erguidas sobre palafitas para secar o milho, protegendo a colheita dos roedores). São, ao todo, 24, construídos sobre um promontório de granito, o que deixa o cenário ainda mais dramático – o mais antigo data de 1782! No alto, todos eles são coroados com grandes cruzes que representam pedido de proteção (e dão uma amostra da religiosidade por estas bandas).

A Barragem de Vilarinho de Furna: pouca gente e águas transparentes (Bruno Barata/Reprodução)

2) Uma represa perfeita para mergulhar: Barragem de Vilarinho da Furna

Em 1971, a aldeia de Vilarinho da Furna foi submersa para a construção de uma grande barragem no curso do Rio Homem. Ainda hoje, quando o nível das águas está baixo, é possível ver a silhueta das construções em ruínas. Mas o maior atrativo, aqui, além da paisagem, é a possibilidade de dar bons mergulhos em uma água transparente, em tons que vão do verde ao azul. Além de uma prainha de areia, andando um pouquinho mais a partir do acesso principal de carro chega-se a umas piscinas naturais formadas por grandes pedras que costumam estar completamente vazias!

A varanda do restaurante O Abocanhado, em Brufe: linda vista (Bruno Barata/Reprodução)
Vitela macia e batatinhas perfeitas no menu: produtos locais (Bruno Barata/Reprodução)

3) Um restaurante especial: O Abocanhado, em Brufe

Uma estradinha estreita sobe, sobe, sobe, até alcançar a marca dos 800 metros de altitude. Ali, à beira do caminho, uma construção moderna de granito e madeira em linhas retas avança sobre o vale com uma providencial varanda, o lugar ideal para um almoço em dias de tempo bom. No menu reinam os ingredientes locais. Leia-se carne de caça, cabrito, vitela da premiada raça Barrosã. Um conselho: não pule as entradas: morcela com purê de maçã, figos com presunto, cogumelos… estava tudo maravilhoso. Reservar é fundamental.

A Cascata da Portela do Homem: um dos destaques da Mata de Albergaria (Bruno Barata/Reprodução)

4) Uma estrada linda: a N308-1

Os 12 quilômetros que ligam a cidade de Gerês a Portela do Homem, bem na fronteira com a Espanha, são percorridos com vagar. Ali a velocidade máxima permitida é de 40km/h. Há outras regras também – não é permitido parar e nem estacionar o carro. O motivo? Corta-se um dos bosques mais bonitos de Portugal, a Mata de Albergaria, decretado Reserva de Biogenética, parte da Reserva da Biosfera Transfronteiriça Gerês-Xuréus pela Unesco. Recheada de carvalhos seculares e lindas cascatas, a mata guarda ainda trechos de uma antiga estrada romana. Ali quase não se vê o céu – as árvores se unem formando quase um túnel por cima do caminho, que fica ainda mais bonito no outono, com as folhas das árvores douradas.

O castelo de Lindoso, cercado de espigueiros: direto pro Instagram! (Bruno Barata/Reprodução)

5) Um patrimônio cenográfico: Castelo de Lindoso

Construído na Idade Média em plena Serra Amarela, a poucos quilômetros da fronteira com a Espanha, é considerado um dos mais importantes monumentos militares portugueses. Ponte levadiça, muralhas, torres… todos os elementos que povoam o nosso imaginário quando pensamos em castelos estão lá, em versão diminuta. Mas o mais interessante é o seu enquadramento nesta cidadezinha onde vivem cerca de 1.300 habitantes: ao seu redor estão concentrados cerca de 60 espigueiros antigos. Cada ângulo é um clique!

As águas cor de esmeralda do Poço Verde: oásis (Bruno Barata/Reprodução)

6) Um mergulho espetacular: Poço Verde

A partir da vila de Fafião sai uma trilha de 2,5 quilômetros em estrada de terra batida que leva até uma das lagoas mais bonitas da região, formada por águas transparentes cor de esmeralda entre grandes pedras no leito do Rio Fafião. Nada de precipícios e grandes aventuras no percurso (oba!), mas o trajeto é bastante íngreme. Na ida, em descida, todo santo ajuda. Agora na volta… prepare o fôlego! É um subidão abrupto inclemente.

7) A melhor recompensa: almoço no Fojo dos Lobos

Depois do mergulho maravilhoso no Poço Verde e da subida onde você provavelmente vai xingar todos os palavrões do seu repertório, abanque na sombra da varandinha do restaurante Fojo dos Lobos, em Fafiões, e deixe-se guiar pelas especialidades do dia, recitadas com orgulho pela atendente. No meu dia, uma costeleta de vitela macia, escoltada por deliciosas batatinhas ao murro e uma bela garrafa de vinho que embalou o resto da tarde. Atenção: reservar é essencial (se não conseguir falar por telefone, tente passar antes de começar a trilha).

Rebanho nos arredores de Fafião: outro ritmo (Bruno Barata/Reprodução)

8) Uma imagem para voltar no tempo: rebanhos pela estrada

Tudo bem que, no auge do verão, o trânsito pode ficar lento por outros motivos. Mas reduzir à primeira marcha em intermináveis subidas tem o seu charme quando o motivo são… pastores e suas ovelhas. É um teletransporte imediato para décadas e décadas atrás!

 


Fonte: viagemeturismo.abril.com.br

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